Pesquisar este blog

sábado, 6 de novembro de 2010

SAUDADES DO CHEVYBROWN

Pois é... Desde que casei (mais ou menos seis meses atrás) praticamente não dirigia um carro antigo. Não, meus amigos... minha esposa não é destas chatas que não deixam o marido fazer o que gosta, ou destas que sentenciam "o carro ou eu", muito pelo contrário, ela também é fanática por carros (só não tem, ainda, o "vírus da ferrugem" correndo nas veias... mas isso, com o tempo ela pega do seu marido). 
Em todo o caso, explico o porque de não ter dirigido um carro antigo desde então: quando casei vim morar no centro da cidade, onde, acredite se quiser, é contra-produtivo estar de carro pelo simples fato de sempre estar abarrotado de automóveis e por muitos motoristas degladiarem-se por uma vaga. Já que minha casa fica no centro, faço o que tenho que fazer à pé (além de tudo deixo de ser um sedentário, cuidando um pouco da minha saúde, na vã busca de compensar a quantidade de nicotina e álcool que me é ingerida)... E, além do mais, minha mulher trouxe para casa o seu Ford Ka, 2009, com motor bi-combustível e de injeção eletrônica, muito mais econômico do que os meus dois "pequenos dinossauros" de motor à gasolina e com carburador, logo o pequeno Ka prateado acabou sendo o "pau pra toda obra".

Mas qual não foi a minha surpresa, nesta última eleição, minha esposa voltar para a casa, após cumprir seu dever eleitoral, com o pequeno Ford sinistrado! Danou-se!!! A porta do carro não se fechava mais.

Mesmo não querendo depender de carro, dependo totalmente deles... e a vida estava ficando muito difícil sem uma máquina para me locomover a lugares que não fosse o centro da cidade: Vi-me, então, na obrigação de ressuscitar um dos meus dinossauros: o pequeno Tibúrsio, um Fiat 147 de 1977 que minha avó tirou zero-quilômetro da concessionária.


Lá estava ele: parado, juntando poeira, sendo ligado somente uma vez por semana para o motor não "encalacrar". Resolvi tirá-lo da garagem.

Qual não foi a satisfação em voltar a dirigir o velho carrinho: voltar a sentir aquele cheiro que só o carro antigo tem; aquele barulhinho de "máquina de costura", típico dos primeiros Fiat; andar devagar, sem pressa; lembrar dos tempos de infância, em que eu ia ao banco de trás desse carro enquanto minha avó o dirigia...

Pois é, galera. Isso só me instigou ainda mais para voltar a dirigir meu velho "Chevybrown" (meu bom e velho Chevetrte marrom-metálico), que foi o carro com o qual aprendi a dirigir, em 1988 (meu pai o tirou zero-quilômetro, em 1979), e o qual foi o meu grande companheiro na adolescência e na idade adulta. 

O Chevybrown está lá, recuperando-se de anos e anos de uso, sendo preparado para ser um Chevette que resgata todo o espírito esportivo da década de 70 (painel e console do Chevette GP II, volante em madeira de lei, carburadores Weber 40, rodas de liga-leve no estilo Ferrari Dino, e mais um monte de coisas que ele não tinha, mas que sempre desejei que ele tivesse)... Amigos, meu pé direito está louco para poder dar uma "estilingada" no Chevybrown na estrada.

Agora, é só aguardar!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário