Já é fato sabido que o Chevette é "pau pra toda obra"... É só perguntar para um de seus felizes proprietários.
No post abaixo deste foi discorrido sobre o feito internacional do Chevette brasileiro pelas mãos do, também brasileiro, piloto-acrobata Carlos Cunha, quem demonstrou grande afeto e respeito pelo pequeno Chevrolet.
Aqui contaremos mais algumas "façanhas" do Chevette em competições nacionais, sem contar as inúmeras participações nas corridas da Divisão 3, onde só corriam automóveis nacionais, com preparação também nacional, desde que o motor tivesse menos de 1.600 cm³ de deslocamento (isso até 1976, depois o regulamento mudou e a D3 acabou por "morrer" na metade dos anos 80), das quais o Chevette participou desde o ano de seu lançamento, 1973, quebrando o monopólio Volkswagen que existia na categoria.
Começaremos pelo Campeonato Brasileiro de Rallye FISA (rallye de velocidade), no qual o Chevette conseguiu acabar com anos e anos de domínio da Volkswagen, quando até então reinavam absolutos Passat, Gol e Voyage. O ano foi 1984, o Chevette da equipe Touring Club ganhou o título por antecipação, ainda faltando quatro etapas para o final do campeonato FISA, e, ao final deste, o segundo Chevette, também da equipe Touring Club, abocanhou o vice-campeonato. A dupla campeã: Sadi Bordin Filho (piloto) e Tuca Cunha (navegador). Os vices: César Villela (piloto) e José Baranowski (navegador).
O Chevette campeão do Rallye FISA de 1984 tinha uma única preparação, hoje conhecida, difundida e comprovadamente funcional, por "Misto Quente", na qual um cabeçote de Chevrolet Monza era adaptado ao motor original do Chevette. Isso acabou por comprovar o que todo o proprietário de Chevette já sabe: o carro tem um excelente comportamento também em estradas não pavimentadas (realmente... é uma delícia "pilotá-lo" em uma estrada de chão batido!).
Chevette campeão do Rallye FISA de 1984 provando como é que se faz em estradas de terra (OBS: as rodas dele são idênticas às do meu Chevette) |
Da terra para o asfalto: em 1990 o nosso querido "carrinho" auferiu, com muita valentia, diga-se de passagem, o quarto lugar na tradicional Mil Milhas de Interlagos. O Chevette, batizado de Chepallet (adiante explicaremos o por que), pertencia a oficina paulista de preparação Euro Sport, que comercializava kit's turbo da famigerada marca Larus (a qual tinha um sistema patenteado, onde a turbina funcionava dentro de uma espécie de caixa pressurizada, aumentando sua performance).
O Chepallet foi assim batizado porque utilizava frente e motor de Kadett (que era o mesmo 2.0 do Monza), devidamente envenenado e turbinado; cubos de roda e freios do Opala; mas a transmissão e a carroceria fazia dele um verdadeiro Chevette.
O proprietário da Euro Sport, Paulo (infelizmente não me lembro de seu sobrenome) tinha um Chevette 1978 para seu uso particular, e que era a sua "menina dos olhos", no qual utilizou o mesmo conceito usado em Interlagos... Só que este ele comprou já um tanto "esmerilhado", deixou o carro somente no monobloco e foi acertando e alinhando tudo, até o Chevette receber a mecânica preparada (segundo o próprio Paulo, ele só se casou com sua esposa porque ela lhe acompanhava na oficina durante os anos em que ele "ajeitava" o seu Chevette).
Paulo conta que a sua máquina já deu "ralo" em muito carro grande, e que certa vez foi parado por um sujeito que dirigia um Mercedes Benz 190 E (depois de ver sua "maravilha germânica" ser largamente ultrapassada por um Chevette) que lhe perguntou: "De que planeta você veio? Como conseguiu me ultrapassar com um "Chevettinho"?"
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ResponderExcluirO proprietário da Euro Sport era Sergio Korenjak, o Spiga...não sei por onde anda há mais de 10 anos....excelente pessoa.....O Chevette 78 dele....tá aqui...http://www.specialcars.com.br/vitrine/chevette-bicudo-rebaixado-18-turbo-prata-suspensao-ar-rodas-tsuya-strong-aro-17-cinza-fosco ....Abraços...(fernandosendas@bol.com.br)
ResponderExcluirOlá Fernando! Aqui é o Spiga, me procure como Dj Spiga.
ExcluirAgradeço suas palavras!