Depois de discorrer sobre os mais variados modelos do Chevette ao redor do mundo, tais quais o sedan (SEDANS), hatchback (HATCHBACKS), perua (AS "VANS" CHEVETTE) e picape (CHEVETTE DE CARGA), chegou a vez do Chevette que, talvez, tenha sido o mais belo e mais marcante de sua época: o coupé.
Este modelo nunca chegou a ser produzido no Brasil, muito embora estivesse muito cogitado para o ano de 1975, conforme muitas publicações especializadas em automóveis... Uma verdadeira pena, já que o modelo coupé tem muito estilo e agradaria em cheio o mercado brasileiro da época, já que, até então, a preferência nacional era pelos carros de duas portas.
O primeiro coupé foi lançado na Alemanha. Seu nome era Opel Kadett C e veio justamente para substituir o já consagrado Kadett B Coupé, muitas vezes campeão dos rallyes europeus (legado que este novo modelo acabou por herdar, já que também ganhou várias competições do gênero no velho continente).
Opel Kadett B Coupé - o antecessor de sucesso |
O Kadett C Coupé surgiu em 1973, com motor quatro cilindros de 1,2 litro e cerca de 60 CV. Dois anos depois esse motor passou a contar com 1,3 litro e 65 CV. Ainda em 1975 ele ganhou a sua versão esportiva, cuja honrou o legado do Kadett B Coupé nas competições: era o Kadett GT/E, que vinha equipado com um motor de 1,9 litro e 105 CV, oriundo do Opel Rekord (modelo que deu origem ao brasileiro Opala).
Em 1977 há uma modificação na dianteira que se estendeu para toda a linha Kadett: os piscas dianteiros vão para junto dos faróis e a grade do radiador fica maior, dando ao Kadett um aspecto mais moderno (para a época).
A gama de esportivos cresce, tendo agora no catálogo o Opel Rallye, equipado com motor de 1,6 litro e 70 CV ou um 2 litros de 120 CV.
Esse mesmo motor de 2 litros e 120 CV substitui o 1,9 litro de 105 CV no Kadett GT/E, que também passa a contar com um novo grafismo em sua pintura.
O modelo deixou de ser comercializado na Alemanha em 1979, quando um novo Kadett, o Kadett D, veio para substituir a atual geração: o Kadett D já contava com motor transversal e tração dianteira, nada tendo a ver com o nosso Chevette.
Os outros países em que o modelo coupé foi comercializado são Japão e Austrália. Comecemos pelo Japão, onde o denominado Isuzu Gemini iniciou sua carreira com um motor de quatro cilindros de 1,6 litro, com potência entre 70 e 100 CV.
Sua produção iniciou-se em 1975, em substituição ao velho, mas ainda querido, Isuzu Bellet (tanto que neste primeiro ano de produção o carro chamava-se Isuzu Bellet Gemini).
Ainda no mesmo ano, equipado com a versão de 100 CV do motor 1,6 litro, surge a versão esportiva do Gemini: o Gemini ZZ/R
Em 1978 o modelo passa por um face-lift, dando-lhe um aspecto mais atual e mais agressivo. A motorização, no entanto, continua a mesma.
Dois anos depois mais uma "plástica", só que desta vez o "coração" também recebeu melhorias: um novo motor de 1,8 litro DOHC 16 válvulas e 130 HP para a versão ZZ/R.
O Isuzu Gemini durou até o final de 1984, quando foi substituído por um modelo homônimo que possuía motor transversal e tração dianteira.
O Isuzu Gemini, em sua primeira geração, foi exportado para os Estados Unidos, devidamente adaptado para aquele mercado, sob o nome de Buick Opel, e foi um grande aliado da GM norte-americana para atacar justamente os carros japoneses que vinham de "enxurrada", tais quais o Honda Civic e o Toyota Corolla.
O Buick Opel encerrou sua carreia em 1979, mas o Isuzu Gemini não desistiu de ficar em solo ianque: em 1981 ele volta ao mercado com os nomes de I-Mark e Impulse (este último era a versão esportiva)
Um país que também recebia uma versão coupé do Isuzu Gemini era a Malásia, onde o carro ganhava o nome de Opel Gemini.
Outro país a receber essa bela versão foi a Austrália. Lançado também em 1975, o Holden Gemini utilizava a mesma mecânica do Gemini japonês, só que em sua versão mais "mansa", com 70 CV de potência.
Na terra dos cangurus o coupé teve apenas uma re-estilização, em 1977 e, dois anos depois deixou de ser produzido, já que parece não ter agradado o público, ficando apenas as versões sedan e perua do modelo no mercado. Tanto não agradou que a versão esportiva do Gemini australiano era um sedan, e não um coupé, como o foi na Alemanha e Japão, onde esse tipo de carroceria também foi comercializado.
Na América do Sul o Chevette coupé foi representado pelo equatoriano Aymesa Cóndor GT e pelo uruguaio Grumett Coupé. Na verdade eram o mesmo carro, mas suas origens são um tanto confusas: não se sabe se suas carrocerias vinham da Alemanha ou do Japão. O que se sabe é que o painel dianteiro era em fibra de vidro, inspirado no Vauxhall Chevette fabricado na Inglaterra e que o seu motor era o do Chevette brasileiro, de 1,4 litro e 65 CV.
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