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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

AS "VANS" CHEVETTE

Desde que surgiu no mercado, no início da década de 1970, o T-Car (nome interno da GM para a plataforma do Chevette em nível mundial) necessitava de uma versão de carroceria que atendesse as necessidades familiares... essa versão é popularmente conhecida por nós, brasileiros, como perua e no resto do mundo com station wagon.

A primeira carroceria deste tipo para o Chevette surgiu na Alemanha, logo no lançamento do novo Opel Kadett, em fins de 1973, para preencher a lacuna deixada pela antiga perua Kadett, em produção desde 1966.

Opel Kadett Caravan "B" -  1966 a 1973












Opel Kadett Caravan "C" - 1973 a 1979























Assim como sua antecessora, chamou-se Kadett Caravan... Pois ao contrário do que se pensa, Caravan não é uma tradução para "caravana" (muito embora tenha sido usado desta maneira no Brasil com a perua Opala, que acabou por se chamar somente Caravan, ao invés de Opala Caravan), e sim um termo que a Opel adotou para designar as peruas como Car-A-Van, algo como um misto de carro e van. Uma curiosidade é que a nova Kadett Caravan não possuía mais a versão cinco portas, coisa que sua antecessora tinha.
O Kadett Caravan "C" foi fabricado até 1979, quando uma nova Kadett Caravan, desta vez com tração dianteira e baseada no Opel Kadett "D", surgiu.

Dois anos depois surgem, quase que simultaneamente, mas em países diferentes, mais duas peruas Chevette.
Nas ilhas Britânicas surge o Vauxhall Chevette Estate. Seguindo os mesmos moldes do Opel Kadett Caravan, vinha disponível com três portas e várias opções de acabamento.




















Praticamente no mesmo ano surge, ainda na Grã-Bretanha, uma versão comercial da perua Chevette, que levava a marca Bedford (divisão de veículos pesados da Vauxhall) e foi batizada de Chevanne. Ambas foram fabricadas até 1983.



























Na Austrália surge, ainda em 1975, o Holden Gemini Station Wagon, cuja carroceria era importada da Inglaterra, mas com a mecânica australiana (que, por sinal, era muito semelhante à japonesa, da Isuzu). Na mesma época surgiu o Holden Gemini Panel Van,  que era, basicamente, um Bedford Chevanne... Mas a proposta era bem outra: ao invés de ser um veículo de carga, era um carro para surfistas, com pintura  extravagante, bem ao gosto dos praticantes deste esporte.




































Tanto Gemini Station Wagon, quanto Gamini Panel Van foram fabricadas até 1983, quando o Holden Gemini foi substituído pelo Holden Gemini RB (veículo já com tração dianteira, mas de origem Isuzu, que nada tinha a ver com o Kadett "D" alemão).

Em 1981, já como linha 1982, surge a última das peruas Chevette: O Chevette Marajó, fabricado no Brasil que, assim como suas "irmãs" estrangeiras, tinha os mesmos moldes do Kadett Caravan "C". Tal lançamento era há muito aguardado, já que a imprensa especializada, vez por outra, soltava o "segredo" de que a perua Chevette estaria pronta desde 1975.


No entanto, não havia interesse da GM do Brasil em produzí-la tão cedo, já que o mercado das peruas estava muito bem representado pela perua Opala, a Caravan, e sua concorrente mais próxima era a Ford Belina, com motorização bem mais fraca e menor espaço interno. Porém, em 1981 / 1982, a história era outra: chegara ao mercado a Fiat Panorama e a Volkswagen Parati. Fazia-se, então necessário o lançamento de uma perua de pequeno porto: surgiu o Chevette Marajó, que ficou no mercado até 1990.













Pois foi somente nestes quatro países (Alemanha, Austrália, Brasil e Inglaterra) que o Chevette teve sua "versão familiar", sendo que nem no Japão, nem nos Estados Unidos, nem na Argentina e nem na Coréia-do-Sul o T-Car teve essa versão. Destes países o único que chegou mais próximo foram os Estados Unidos: quando o Buick Opel comercializado por lá ainda era o Opel Kadett "B", entre 1966 e 1973, cuja perua ainda possuía versões de três e cinco portas.


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