É sempre bom reviver um clássico... Imaginar como um automóvel do passado seria se fosse produzido hoje, com toda a tecnologia disponível no presente. Dia desses, peregrinando pela internet, vi no blog do Irmão do Décio (
http://irmaododecio.blogspot.com), que, na minha opinião, é um dos mais talentosos no
design gráfico em 3D, o que seria uma releitura do Chevette para os dias de hoje, e então comecei a imaginar como seria sua mecânica e opções de motorização. Pessoalmente achei assaz interessante essa releitura baseada no Chevette produzido entre 1978 e 1982 (não por acaso, já que sou o feliz proprietário de um Chevette SL de 1979).
Como o trabalho em 3D foi muito bem feito, dá para descrever cada uma de suas versões. O ponto em comum entre elas seria aquilo que nos fez gostar tanto desse carro: a tração traseira. Logicamente que um sistema de cardã e eixo rígido seria um retrocesso nos dias de hoje, mas poderíamos imaginar, facilmente, um sistema de motor dianteiro / tração traseira semelhante ao do Chevrolet Omega, com juntas homocinéticas, que torna a suspensão traseira totalmente independente... Afinal, releitura que é releitura guarda as principais características que tornaram o automóvel um clássico.
Comecemos, então, nossa viagem a um futuro próximo (que, ao que parece, e infelizmente, não se realizará concretamente), com "um pé" no passado.
NOVO CHEVETTE HATCHBACK
Seria a base da linha, para concorrer com modelos como o Ford Focus, Peugeot 307, Volkswagen Polo, Fiat Punto e outros dessa mesma categoria.
Seria equipado com um motor de 1,4 litro, 8 válvulas, bicombustível e 102 CV de potência (o 1.4 Econo.Flex da linha Agile) e câmbio de cinco marchas manual na versão LT ou com um motor 1,8 litro, 16 válvulas e 144 CV de potência (Chevrolet Cruze) e câmbio manual de cinco marchas, ou automatizado de seis marchas na versão LTZ.
O maior número de portas (cinco) é, hoje em dia, praticamente um obrigação, já que o mercado assim o exige. Versão com menos portas, hoje em dia, só nos automóveis esportivos
NOVO CHEVETTE SEDAN
Assim como o hatchback, teria versões LT (motor 1,4 litro de 102 CV e câmbio cinco marchas manual) e LTZ (motor 1,8 litro de 144 CV com câmbio manual de cinco marchas ou automatizado de seis marchas). Entraria na briga com Peugeot 307 Sedan, Ford Focus Sedan, Fiat Linea, Volkswagen Polo Sedan, e outros mais.
Tal qual o hatchback, o atual mercado exigiu que o Chevette sedan ficasse com quatro portas.
NOVA MARAJÓ
Com as mesmas versões e motorizações do sedan e do hatchback (LT, com motor 1,4 litro e 102 CV, com câmbio manual de cinco marchas, e LTZ com motor de 1,8 litro e 144 CV, com câmbio manual de cinco marchas ou automatizado de seis marchas), a nova Marajó brigaria com Peugeot 307 SW, Volkswagen SpaceFox e outras mais da categoria... Aliás, esse segmento do mercado brasileiro anda bem carente.
E, pela primeira vez, a velha Marajó seria dotada de portas para os passageiros do banco de trás... Sinal dos tempos e exigência do mercado
NOVA CHEVY
Seria um pouco de incoerência chamá-la novamente de Chevy 500 (já que o "500" indica sua capacidade de carga em quilos), a não ser pela homenagem ao clássico utilitário. Então o correto seria renomeá-la Chevy 750 (devido a ampliação da capacidade de carga para 750 kg, aproximadamente, nessa categoria de utilitário) ou, então, somente Chevy.
A nova Chevy teria apenas uma versão, a LS, com diferencial de relações mais curtas e com motor de 1,4 litro e 102 CV de potência, com câmbio manual de seis marchas, aproveitando, assim, sua vocação: a de veículo de carga. Seria concorrente direta de Fiat Strada, Volkswagen Saveiro e outras mais.
NOVO CHEVETTE GP E NOVO CHEVETTE S/R
Obviamente que guardamos o melhor para o final. O comprador teria a opção de dois esportivos na linha Chevette: um hatchback de três portas (S/R) ou um sedan de duas portas (GP). Ambos equipados com um motor de 2,4 litros, multiválvulas, como comando de válvulas variável e 171 CV de potência (oriundo co Chevrolet Malibu). A tração seria integral e contaria com um câmbio manual de seis marchas; o sistema de freios contaria com discos nas quatro rodas e as suspensões seriam mas rígidas.
Seus virtuais concorrentes: Fiat Punto T-Jet; Fiat Bravo T-Jet, Volkswagen Golf GT; Peugeot 307 Feline; Ford Focus Titanium, entre outros (mais um segmento que está carente no Brasil: o de carros esportivos).
Essas versões esportivas sim, teriam menor número de portas (três no S/R e duas no GP), como dita a moda e o mercado.