OPALIM
- Antes do Chevette ser lançado, a GM do Brasil já cogitava um segundo automóvel de passeio para fazer parte da sua linha. Em Abril de 1971, a revista Quatro Rodas, publicação da editora Abril, tentou antecipar o que seria este novo automóvel, de tamanho menor do que o, até então, único automóvel produzido pela General Motors do Brasil, Opala. A projeção na capa da publicação era, na verdade, um Opel Ascona, de fabricação alemã, que acabou por vir onze anos mais tarde, em uma outra geração, denominada Chevrolet Monza. Quando estampou a capa da respeitada revista, o Ascona levava o nome de Opalim, numa alusão à "pequeno Opala"... Era o pontapé inicial para a introdução do Chevette.
CHEVETTE (PROTÓTIPO)
- Em maio de 1972, a mesma Quatro Rodas flagrava, em plena estrada, quase sem disfarces, o modelo definitivo do nosso Chevette. Fato que só vem a confirmar que o Chevette brasileiro antecedeu o Kadett C alemão (o Chevette foi lançado em Abril de 1973, enquanto o Kadett C só foi lançado no final do mesmo ano).
PERUA CHEVETTE
- Em Fevereiro de 1974 cogita-se o lançamento da perua Chevette, para poder concorrer diretamente com o Ford Belina (o Opala Caravan só seria lançado no ano seguinte), tal lançamento só se deu 7 anos depois e chamou-se Chevette Marajó. O fato é que, em 1974, já existia uma versão perua do Chevette, só que fabricada na Alemanha, sob o nome de Kadett Caravan (aliás, Caravan era a designação da Opel para os modelos que aqui chamamos de perua, e que alguns, que gostam de anglicanizar a nossa língua, chamam de station wagon... E, ao contrário do que possa parecer, "Caravan" não queria dizer "caravana", e sim "Car-a-van" ou "Car as a van", que designava, justamente, um veículo misto de automóvel de passeio e van de carga... Sendo assim, da Opel tivemos Kadett Caravan, Astra Caravan, Corsa Caravan e outras mais).
CHEVETTE MONZA
- No Salão do Automóvel de São Paulo, no ano de 1974, a General Motors apresentou em seu estande um estudo, desenvolvido pelo departamento de estilo da fábrica, para uma versão esportiva do Chevette. O nome Monza foi, então, utilizado oito anos antes do lançamento do carro médio da GMB, já que esse estudo de 1974 foi batizado de Chevette Monza, em homenagem ao tradicional autódromo italiano, palco de importantes competições automobilísticas.
CHEVETTE COUPÉ FASTBACK
· Em Janeiro de 1975, algumas publicações anunciaram uma nova versão de carroceria para o Chevette: a coupé fastback, semelhante à mesma carroceria do Opel Kadett C alemão. A nova versão viria para fazer frente ao Passat, da Volkswagen, e também para ser uma opção mais barata frente ao Opala cupê, da própria GM. Pena não ter vindo: além de ser bem “estiloso”, seria um ótimo “brinquedo” nas mãos dos “tuneiros”.
NOVO CHEVETTE / CHEVETTE HATCH (PROTÓTIPO)
· Em Abril de 1976, a revista Quatro Rodas anunciava um novo lançamento: o Chevette hatchback (que só viria em 1979, como modelo 1980). Mas o que havia sido flagrado era, na verdade, um Vauxhall Chevette, fabricado na Inglaterra, que foi importado pela GMB para testes. Um pouco antes, em Setembro de 1975, especulava-se, também, que haveria um “face-lift” no nosso pequeno Chevrolet, o que acabou acontecendo em 1978, no entanto, na ilustração da capa da renomada publicação, o Chevette parecia mais comprido e mais largo, lembrando muito o Pontiac Ventura de 1975. A nova frente, que veio, de fato, foi flagrada no ano de 1976, porém, no mês de agosto, um ano e meio antes de ser lançada.
CHEVETTE 1978
- Em Março de 1977 divulga-se um novo face lift para o Chevette. Provavelmente produto das chamadas "clínicas" (onde potenciais proprietários são chamado pela fábrica para dar opinião sobre o que deve ser mudado nos modelos de automóveis), o modelo que ilustrava a capa da Quatro Rodas daquele mês parece não ter agradado ao público.
CHEVETTE S/R
- Não, não é o modelo lançado como variante esportiva do Chevette em 1981, embora guarde notáveis semelhanças com este. Trata-se do seu antecessor direto, apresentado como um protótipo no Salão do Automóvel de São Paulo de 1978. Naquele ano, o departamento de estilo da General Motors apresentou uma proposta de versão esportiva para o Chevetteque substituísse o “esportivado”, e considerado lento, Chevette GP II. Para isso, o conceito Chevette S/R contava com novas rodas (idênticas às do Vauxhall Chevette HSR, de fabricação inglesa), dianteira diferenciada (também inspirada no Chevette bretão), pára-choques em poliuretano, spoilers dianteiro e traseiro, saias laterais, faróis com cobertura acrílica, capô com ressalto central e teto solar. Por dentro havia instrumentação completa e forrações com tecido xadrez. Na mecânica, a novidade ficava por conta do motor 1.6 litro, de maior deslocamento e potência que o 1.4 litro que equipava os Chevette “de rua”, até então (o motor 1.6 só chegou à linha em 1980). O S/R foi lançado em 1981, porém com carroceria hatchback e aparência bem mais conservadora em relação ao protótipo de 1978.
CHEVETTE 1979
- Em 1979, no auge da segunda (e derradeira) crise do petróleo, a Quatro Rodas divulga uma ilustração do que seria o Chevette para a década seguinte. Acabou por não concretizar-se, mas que é inegável a semelhança da ilustração com aquilo que seria o Opel Corsa, lançado somente em 1983, na Alemanha, isso é.
CHEVETTE 1983
- Para finalizar, aquilo que realmente se concretizou: o face lift do Chevette em 1983, prenunciado pela Quatro rodas em Junho de 1982. As únicas diferenças da ilustração para o carro que veio foram os espelhos externos, a ausência dos quebra-ventos na ilustração e a portinhola na coluna C, que foram mantidas as mesmas dos modelos anteriores no esboço da capa da revista.
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